março 20, 2008

Já que o assunto da semana é a pesquisa

INAF 2007 mostra a evolução da educação no Brasil
O Indicador de Alfabetismo Funcional – INAF - vem sendo apurado anualmente, desde 2001, por meio de estudo realizado pelo IBOPE com base na metodologia desenvolvida em parceria entre o Instituto Paulo Montenegro – responsável pela atuação social do IBOPE – e a ONG Ação Educativa. O Indicador mensura os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, englobando residentes de zonas urbanas e rurais de todas as regiões do Brasil, quer estejam estudando quer não.
Ao consolidar e divulgar os dados do INAF/Brasil 2007, o Instituto Paulo Montenegro comemora o significativo aumento do espaço dedicado pela mídia às questões relacionadas à educação no Brasil durante o ano. A análise de indicadores de desempenho escolar, a discussão de planos e propostas governamentais e da sociedade civil e a atenta cobertura de iniciativas bem sucedidas têm certamente contribuído para que a promoção de uma educação de qualidade para todos passe crescentemente a fazer parte da agenda de prioridades dos brasileiros.
A importância da escolaridade no Indicador de Alfabetismo Funcional
  • A maioria dos brasileiros (64%) entre 15 e 64 anos que estudaram até a 4ª série atinge no máximo o grau rudimentar de alfabetismo, ou seja, localizam somente informações explícitas em textos curtos e efetuam operações matemáticas simples, mas não compreendem textos mais longos nem definem estratégias de cálculo para resolução de problemas.
  • E ainda mais grave: 12% destas pessoas podem ser consideradas analfabetas absolutas em termos de leitura/escrita, não conseguindo codificar palavras e frases, mesmo que simples, além de terem dificuldade em lidar com números em situações do dia-a-dia.
  • Dentre os que cursam da 5ª a 8ª série, apenas 20% podem ser considerados plenamente alfabetizados e 26% ainda permanecem no nível rudimentar, com sérias limitações.
  • Enquanto 47% dos que cursaram ou estão cursando o Ensino Médio atingem o nível pleno de alfabetismo, esperado para este grau de escolaridade, outros 45% ainda permanecem no nível básico.
  • Somente entre aqueles que atingem ou completam o Ensino Superior observa-se uma maioria (74%) com pleno domínio das habilidades de leitura/escrita e das habilidades matemáticas.
  • Segundo a a diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lúcia Lima, “a grande contribuição do INAF é fornecer indicadores sobre o alfabetismo funcional da população brasileira, complementando as avaliações escolares existentes. Com este indicador procuramos oferecer subsídios para orientar ações que possam contribuir para a mudança do quadro educacional brasileiro, passo essencial para a diminuição das desigualdades e para a garantia de um desenvolvimento compatível com um cenário mundial cada vez mais globalizado e competitivo”.

    Fonte: Instituto Paulo Montenegro.
    Para saber mais sobre o INAF e conferir os resultados detalhadamente, clique
    aqui.

    Um comentário:

    Airton Portugal disse...

    Infelizmente, a medida tomada por nosso governo de aprovar o aluno, mesmo sem ele ter condições mínimas para isso, vez com que tenhamos uma leva de jovens nesta condição de analfabetos funcionais.

    Sem falar, que com esta media, os professores de hoje perderam total autoridade sobre os alunos. Isto é um absurdo. Precisa haver uma mudnaça grande na educação deste país.